o pecado mora aqui...
Hoje trago-os um doce que está ligado às "minhas raízes" paternas; este pudim é da região de Braga, Vila-Verde, de onde o meu pai e sua família é oriundo.
O Pudim Abade de Priscos é um doce de origem conventual. Esta iguaria, é típica pois, da região do Entre Douro e Minho, estando a sua origem intimamente ligada em termos históricos e sentimentais aos concelhos de Braga e Vila Verde, e por isso ao território do Alto Cávado, onde actualmente faz parte do seu cardápio tradicional e deu origem a uma confraria de gastrónomos.
Esta receita é uma das poucas receitas conhecidas da autoria do padre Manuel José Machado Rebelo, o famoso Abade de Priscos. O pudim ficou conhecido quando o director do Magistério Primário feminino de Braga, Pereira Júnior, pediu ao Abade de Priscos receitas para ensinar no magistério. Ele cedeu-a mas deixou o alerta: "a receita é só o princípio... As mãos, o olfacto, o paladar do verdadeiro cozinheiro fazem o principal".
Receita:
400g de açúcar
50g de toucinho fresco (de preferência de Chaves ou Melgaço)
15 gemas
5dl de água
1 cálice de vinho do Porto
1 casca de limão
1 pau de canela
caramelo (água com 200g de açúcar)
Leva-se o açúcar ao lume (de preferência num tacho de latão ou cobre) com a água, a casca de limão, o pau de canela e o toucinho cortado em tiras fininhas. Deixa-se ferver até fazer o ponto em fio (103ºC). Retira-se a calda do lume, deixa-se arrefecer e juntam-se as gemas misturadas com o vinho do Porto.
Deita-se a massa numa forma de pudim com tampa, previamente barrada com caramelo. Leva-se a cozer em forno bem quente (250ºC), em banho-maria, durante cerca de 1 hora. Desenforma-se quase frio.
(Este doce foi um dos candidatos finalistas às 7 Maravilhas da Gastronomia portuguesa).
(Este doce foi um dos candidatos finalistas às 7 Maravilhas da Gastronomia portuguesa).
Fonte: Cozinha Tradicional portuguesa de Maria de Lourdes Modesto, ed.Verbo
Wikipédia.
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Filipa.
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