Uma receita de Pão-de-Ló de Alfazeirão, mas antes um pouco sobre a sua história,...
A tradição diz que a receita do pão-de-ló de Alfeizerão tem a sua origem no Mosteiro de Stª. Maria de Cós, convento cisterciense feminino fundado no século XII por D. Fernando, abade de Alcobaça em Cós, a alguns quilómetros de Alcobaça.
Quando das perseguições às ordens religiosas e consequente encerramento do convento no início do séc. XIX algumas freiras ter-se-ão refugiado em Alfeizerão e transmitido a receita a senhoras da terra.
Alfeizerão é a terra natal do fidalgo e cavaleiro Vitorino Froes, amigo do rei D. Carlos que aqui vinha frequentemente, passando temporadas entre a quinta de Alfeizerão e uma casa em S. Martinho do Porto.
Bon vivant na sua mesa nunca faltavam as melhores iguarias como ao rei pertencia ser. O pão-de-ló era uma das mais apreciadas e, agora entramos no domínio da lenda e de mais umas das pequenas «histórias» da culinária, numa das vezes que a corte veio para estas paragens, o nervosismo era tal que a cozedura do bolo ficou incompleta dando-lhe a sua peculiar consistência e aspecto. O rei e restante corte elogiou tanto tamanha iguaria que, a partir daquele dia nunca mais se deixou de fazer assim.
Assim chegámos ao actual pão-de-ló de Alfeizerão, bolo de convento que passou para a mesa do rei e para os leilões da igreja sempre que havia festa ou acontecimento importante.
Desde 1925 é comercializado em casa própria e respeitando a tradição, continua a ser apreciado por presidentes e outros ilustres clientes que associam Alfeizerão ao afamado pão-de-ló.
E agora a receita:
Ingredientes:
100 g de açúcar
6 gemas
2 ovos
50 g de farinha
Preparação:
Batem,-se os ovos inteiros com o açúcar e, quando a mistura estiver esbranquiçada, juntam-se, a pouco e pouco, as gemas desfeitas.
Bate-se tudo durante mais 20 minutos com o batedor manual ou 10 minutos com o batedor eléctrico.
Sem bater, junta-se a farinha bem peneirada.
Deita-se a massa numa forma de folha ou de barro forrada com um papel groso.
Tapa-se com uma folha do mesmo papel.
Leva-se a cozer em forno quente (225ºC) durante 10 minutos.
Retira-se do forno e desenforma-se.
Come-se no dia seguinte.
Momentos mágicos,
Filipa
Fonte: http://www.portugal.gastronomias.com
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